Data da emancipação é 26 de março, quando cidade se emancipou de Barueri
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A cidade de Carapicuíba prepara a comemoração de segunda-feira, 26, data que será feriado municipal, de seus 47 anos de emancipação político-administrativa. |
O município hoje administrado pelo sociólogo Sergio Ribeiro (PT) está cumprindo, gradativamente, a proposta dele de tirar a cidade de condição de dormitório e, na carência de áreas para industrialização, transformá-la numa formadora de mão-de-obra especializada para o todo o parque industrial, comercial e de serviços de toda a região Oeste. O Poder Legislativo é comandado pelo também petista Alexandre Pimentel.
"Estamos na esquina do mundo", gosta de dizer o prefeito, referindo-se à privilegiada localização geográfica da cidade, ensanduichada entre as rodovias Castello Branco e Raposo Tavares e tendo o rodoanel Mário Covas praticamente no quintal. Ribeiro alimenta projetos para tornar Carapicuíba um polo logístico, que incluiria até um possível porto seco na área da Lagoa.
Para esse fim, o prefeito tem direcionado os recursos da administração em cursos profissionalizantes e já atraiu para Carapicuíba uma unidade do Senai, com uma grade de cursos voltados prioritariamente para construção civil. Afirmando que a mãe carapicuibana vai (precisa ir) cada vez mais ao mercado de trabalho, implementou o mais bem sucedido programa municipal de creches, projetando o número de vagas que encontrou, 995, para as atuais 4 mil de hoje. Ribeiro também assinou o convênio com o programa PróInfância, do governo federal, para construção de mais creches.
Os avanços da cidade se refletem (e são proporcionados) pela política fiscal e tributária adotada por Ribeiro desde os primeiros dias da administração, com medidas de estímulo ao empreendedorismo e à legalização do comércio informal, além de ver aumento da arrecadação na proporção do aumento da confiança do contribuinte na administração municipal.
Com essas ferramentas, Carapicuíba tem assistido a um aumento de 21% do orçamento municipal apenas de 2011 para 2012, taxa de crescimento bem maior do que o PIB brasileiro. Este aumento de receita também tem permitido maiores investimentos na saúde, na educação e em infraestrutura. A prefeitura está investindo no aumento das instalações físicas e do número de vagas no complexo educacional ETEC/FATEC, na Lagoa de Carapicuíba.
MISSA E CULTO
O início oficial das comemorações se dará com a celebração de um culto evangélico, organizado pelos ministérios da Assembleia de Deus de Carapicuíba, no sábado, 24, a partir das 18 horas, no estacionamento da Prefeitura, na avenida Deputado Emílio Carlos, em frente à sede administrativa do município.
Segundo nota oficial distribuída pela Prefeitura, o 26 de março "traz a recordação dos esforços de homens e mulheres que se esforçaram para conseguir a emancipação político administrativa do distrito que pertenceu a Barueri".
A data será marcada também por uma missa a ser celebrada na paróquia mais antiga de Carapicuíba, a de Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Igreja Amarela, às 20 horas da segunda-feira, 26, com a presença de todos os padres e vigários das paróquias da cidade e de dom Ercílio Turco, bispo diocesano.
A cerimônia deve receber milhares de fiéis das comunidades católicas de Carapicuíba neste evento religioso e histórico do município, que terá bolo e queima de fogos para celebrar os 47 anos de emancipação.
O prefeito Sergio Ribeiro ressalta a necessidade de promover a celebração cristã, uma vez que a fundação da cidade remete aos trabalhos de catequese e evangelização da região no século XVI, os quais resultaram na criação da Aldeia Jesuítica de Carapicuíba, que é única no mundo.
A festividade ainda pretende, segundo a nota oficial, permitir momento de confraternização entre os que participaram do movimento emancipacionista na década de 1960, além de parentes, amigos e autoridades, por meio de resgate histórico e cultural.
"Cará comprido"
Carapicuíba ostenta uma história rica em detalhes a partir da origem, uma pequena aldeia indígena fundada em 12 de outubro de 1580 por Jose de Anchieta. Já sem os primeiros habitantes, mas até hoje intacta, a Aldeia de Carapicuíba virou bairro e se transformou num dos pontos turísticos da região. A aldeia original, segundo informações da Fundação Seade (www.seade.gov.br) teria sido a única dos 12 centros de catequese que sobreviveu à interferência do homem "civilizado".
No meio do caminho entre São Paulo e Santana de Parnaíba, o povoamento tornou-se alvo de bandeirantes que exploravam a mão-de-obra à força de escravidão dos índios na lavoura. O município já esteve vinculado a Cotia, a São Paulo e a Santana de Parnaíba e a Barueri, da qual, por fim, livrou-se da condição de distrito, elevando-se à cidade cravada em 34 Km². Assim como os municípios adjacentes às margens do rio Tietê, a emancipada Carapicuíba recebeu impulsos decisivos para crescer das atividades em torno da Estrada de Ferro Sorocabana, hoje Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Faz limites com Barueri (Norte), Cotia (Sul), Osasco (Leste) e Jandira e novamente Barueri (Oeste).
Apesar de ter 26 de março como feriado oficial pela comemoração do aniversário, as festividades da comunidade carapicuibana costumam se tornar mais efusivas em 29 de junho, dia dedicado ao padroeiro São Pedro. Os moradores cultuam ainda as festas de Santa Cruz (1º a 4 de maio), de Santa Cruzinha, em setembro, da fundação da Aldeia, e a de Santa Catarina (24 e 25 de dezembro). A explicação para o nome da cidade deriva de duas fontes. Para muitos, Carapicuíba encontra raízes no verbete tupi-guarani "cará comprido", peixe não recomendado ao paladar por ser venenoso, como o baiacu. O Seade registra outro significado, também do tupi-guarani: "carapucu", "cogumelo comprido", fundido a yba, "planta".
Fonte: Jornal Página Zero
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