“Acho que hoje o maior adversário para o João Paulo será se nós errarmos na estratégia e na tática porque todos os adversários são complicados”
Coordenador da Macrorregião do PT, Valdir Roque organiza o partido em 19 municípios de São Paulo. Além disso, ele também preside a Companhia Municipal de Transportes de Osasco (CMTO). Na entrevista ao Diário da Região, Valdir discorre sobre a preparação do partido para as eleições municipais na cidade de Osasco, Barueri e outros municípios vizinhos.
Como está a situação do PT em Barueri?
Barueri começou a ter outro cenário de discussões a partir de dezembro. Como coordenador do PT sempre ressaltei e falei de uma resolução que temos sobre não fazer coligação cabeça de chapa com o PPS, DEM e PSDB. Porém, nós começamos a detectar que a grande maioria do diretório de Barueri caminha para fazer uma coligação com o Gil [Arantes] do DEM. Nós estamos namorando, mas não estamos noivos.
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Essa aliança seria para vice?
Sim, se não tiver a vice-prefeitura nessa coligação, nós não vamos fazer [aliança] e vamos lançar candidatura própria. Isso já está definido com o diretório municipal, com o Baltazar [Rosa] que é o dirigente do partido, com o vereador Agnério [Neri Ferreira] e com o presidente do partido Ronaldo [Ferraz]. Mas nessa nova conjuntura, para o PT crescer temos que fazer a coligação.
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Como ficaria o outro partido do Jaques Munhoz que está namorando o Gil e está tentando fazer a mesma estratégia?
O Munhoz só foi bem votado porque fez coligação com o PT. Ele já era é uma liderança, mas ele ficou muito mais conhecido porque a militância do PT confiou nele, mesmo perdendo. Porque com um saldo de qualidade na votação, com mais de 30%, demonstramos que nossa militância é maior. Ele que deve muito para o PT e não o PT para ele.
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Quais nomes seriam indicados para vice?
Vou arriscar alguns nomes. Nós temos o nosso vereador Agnério que é combativo e se faz presença na câmara; temos um dos militantes mais antigos do PT e que também é um dos colaboradores de todas as eleições em Barueri, o Baltazar; temos o presidente do PT que dirige o partido com muita responsabilidade, o Ronaldo; e pode aparecer outros nomes.
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E a Elizabete que estava tentando candidatura em Barueri?
A Elizabete se filiou no partido recentemente. Ela é uma pessoa inteligente, que vestiu a camisa do PT e que se projetou muito bem. Porém, ela precisa ainda de muito amadurecimento para conhecer o que é o PT e saber qual a ideologia do partido. Eu faço inclusive um apelo para ela ser nossa candidata a vereadora, que é importante, e futuramente ela poderá sair candidata prefeita.
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O senhor acredita que o PT vai decidir a eleição em Barueri?
O PT decide tranquilamente. Se o PT apoiar o Zicardi, ele seria o prefeito. Se apoiarmos o Gil, vai ser ele. Mas quero deixar claro o PT, hoje, é o fiel da balança
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Em Itapevi também há um “casamento”, com o PV, porém mais certo do que em Barueri. Como está a situação?
A política é muito dinâmica e muda muito. Eu tenho minha opinião, mas tenho sempre que defender o PT. Estamos caminhando para que o nosso candidato seja o Jaci Tadeu [do PV] e vereador Fláudio [do PT] o vice. Mas falta mais uma benção: a do João Paulo e de algumas lideranças como Sérgio Ribeiro, Isac Reis, Geraldo Cruz, a macro, o PT estadual e mais o municipal. Nós já temos 12 partidos e as coisas são diferentes, porque o Jaci é importante, mas o Fláudio também. Os outros partidos querem continuar na administração, como querem produzir. A nossa prefeita Ruth está com 80% de aprovação, isso porque ela fez uma gestão eclética, com muitos partidos e várias metas a serem atingidas e que conseguiu atingir. A definição ainda depende de uns 10% para fechar, mas é quase certo que o Jaci Tadeu será nosso candidato a prefeito e para vice o Fláudio. A total definição está programada para março.
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Em Santana de Parnaíba o PT está quieto e não se houve falar muito sobre o partido. Como esta a situação nessa cidade?
Em Santana é mais complicado do que se imagina. Temos o DEM ou PSDB e eu sempre batalhei para fazermos uma coligação e sairmos na frente. Desde o ano passado nós temos uma relação construída com Silvio [Peccioli] do DEM. Porém, é uma relação de conversa. E eu vou ser bem sincero, em Santana nós não temos ainda nenhuma definição. Não temos oposição por lá. Queremos fazer uma chapa forte de vereadores, mas não sabemos se faríamos uma coligação com o PSDB, com o DEM ou se sairíamos com uma chapa própria. Em Santana o PT está confuso porque o partido ainda não conseguiu fazer uma coligação com os outros partidos.
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Mas como seria para o PT fazer uma coligação com o DEM, quanto com o PSDB?
Dificilmente faremos [a coligação] com o PSDB. Conversamos com eles, mas temos uma resolução nacional que precisa ser cumprida. Entretanto, o diretório municipal tem a responsabilidade de fazer uma avaliação, isso nós respeitamos muito. No caso de Santana nós sairemos com candidatura própria ou com o DEM do Silvinho.
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No caso da aliança com o DEM em Barueri existe uma condição para a aliança, em Santana tem alguma secretaria ou a vice-prefeitura está sendo negociada?
Ainda não discutimos isso, somos muito pé no chão. Sabemos que em Santana não temos quadro para ser vice, diferente de Barueri. Em Santana temos estruturar melhor o partido e fazer vereadores.
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O pré-candidato do PT em Osasco será João Paulo Cunha, queria saber como o PT pretende reagir sobre a matéria publicada na revista semanal da editora 3?
Essa matéria é requentada, não é investigativa e pode até ser plantada pelo PSDB. Quando João Paulo foi presidente da Câmara, ele fez tudo dentro da lei, inclusive, há o parecer do Tribunal de Contas e do Ministério Público de como foi feita a licitação. Se você pegar a matéria da Isto É, o ex-ministro deixa bem claro: "por enquanto creio que os efeitos são mais políticos do que jurídicos", ou seja, já sabe da conseqüência. Nós temos uma mídia que quer ditar as normas para o Legislativo, o Executivo e muitas vezes para o Judiciário. Ela não pode julgar e condenar, ela tem que apresentar apenas uma matéria investigativa. Acreditamos na inocência do João Paulo Cunha, não há provas de nada. A matéria ainda diz: "a influência do deputado João Paulo pode ser metida no repasse da união para Osasco, que representa 10,6%", ótimo isso mostra que ele ama Osasco e que ele está batalhando para os cidadãos da cidade.
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O senhor acredita que essa matéria vai influenciar?
Acho que não, quando começarmos a sair para as ruas e mostrar o que João Paulo trouxe de investimento para Osasco, o quanto ele ama a cidade e o que ele pode fazer dando continuidade aos projetos do prefeito Emidio. O que eu espero é que seja julgado logo esse processo chamado mensalão que está na mídia.
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Quem seria o vice do João Paulo?
Numa coligação com mais de 20 partidos, na minha opinião, o vice tem que ser da coligação. Nós temos vários nomes importantes dentro da sociedade de Osasco. Temos o Amando Mota, o Dr. Gaspar, os segmentos de pastores de igreja, pois, João Paulo é uma pessoa católica. O PC do B pode apresentar o Toniolo. Temos um pastor dinâmico, novo e que acho importante, o pastor Élcio Vila Nova do DEM. Pode ser um sindicalista, empresário ou médico, como o Dr Pascoal do PMDB. Mas estamos discutindo e vendo o que é melhor para a sociedade, para a coligação e para o partido.
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E o Osvaldo Virgíneo?
Acho difícil ele retirar a candidatura dele. O vice do João Paulo poderia ser um nome, mas não sei se passaria pelos outros partidos. Ele é um nome muito forte e esta com sede de ser candidato, acho que ele tem que ser.
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Quem será o pior adversário nas urnas para o João Paulo, o Osvaldo Virgíneo ou o Celso Giglio?
Nenhum dos dois. Acho que a administração esta muito boa e o Emidio esta muito bem, o PT esta muito bem. O João Paulo é um dos maiores interlocutores de Osasco, com o governo estadual e federal. Então, acho que hoje o maior adversário para o João Paulo será se nós errarmos na estratégia e na tática. Pois, todos os adversários são complicados.
Fonte: Jornal Diário da Região
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