A sugestão partiu do prefeito de Carapicuíba, que reivindicou medidas compensatórias para a cidade
O projeto de aterrar parte da Lagoa de Carapicuíba com a lama que será retirada do projeto de desassoreamento do rio Tietê foi tema de uma reunião, na última semana, entre representantes do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) e a Prefeitura de Carapicuíba.
De um lado, o superintendente do departamento, Alceu Segamarchi Jr, detalhou as ações que serão realizadas. E, de outro, o prefeito Sergio Ribeiro reivindicou medidas compensatórias para a cidade.
Dentre elas, o prefeito sugeriu que o Ceagesp seja transferido para as margens da Lagoa. “Desta forma teremos o Ceasa em nosso município, com facilidade de acesso à rodovias e ao Rodoanel, alem de ser uma forma de ampliar o número de empregos na região”.
O Ceasa, a que o prefeito de referiu, é o antigo nome do Ceagesp, que hoje fica na Capital e mantém a maior rede pública de armazéns de São Paulo, além de um complexo de 13 centrais atacadistas.
No encontro, Sergio também cobrou uma solução para as 250 famílias que moram no entorno da área.
“Ainda não nos foi apresentado nada a este respeito”, disse. E discutiu a possibilidade da instalação de uma usina de reciclagem de entulho para retirar lixo sólido da lama, em parceria com o Estado. Outra proposta foi a construção de uma passarela sobre a via férrea, saindo do centro ao Pólo Estudantil.
Já o superintendente do Daee afirmou que lama que será retirada do Tietê durante o processo de desassoreamento do rio tem melhor qualidade que o material hoje encontrado no leito da Lagoa.
Segundo o departamento, estudos técnicos garantem que a qualidade desse sedimento que será retirado do rio “é superior ao existente no local e que haverá um controle de engenharia rigoroso no decorrer do seu desenvolvimento”.
O anúncio visa por fim a rumores de que a Lagoa poderia ser, novamente, contaminada por material tirado do Tietê, como aconteceu no desassoreamento anterior, em 2002.
O superintendente também lembrou que a cidade vai ganhar compensações pelo despejo, mas se detalhar quais são elas.
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