Valendo-se de um conceito que se consolidou no início da década de 90, a partir de um congresso mundial de educadores em Barcelona, na Espanha, a Secretaria de Educação de Carapicuíba referendou nesta semana o objetivo de investir no projeto conhecido como Cidades Educadoras.
Em vigência na cidade desde o início de 2009, a proposta dessa forma pedagógica preocupa-se com a vivência fora do muro das escolas, evitando o ensino de conhecimento estanque sem contato com realidade da comunidade do entorno.
Neste ano de 2011 o projeto Cidade Educadora de Carapicuíba desenvolve suas atividades sob o lema Cantos e Recantos que me Encantam, com conteúdo ministrado em sala de aula levando em conta os espaços, a cultura e os personagens que desempenharam algum papel na história da cidade. Nesse sentido, as aulas aplicadas no bimestre referente aos meses de abril e maio, por exemplo, prevê que os temas dentro da sala de aula terão liberdade como o tema principal, aproveitando a questão indígena, a inconfidência e a Lei Áurea. Em junho e julho, com o tema Arraiá Urbano, as escolas reviverão as festas juninas e discutirão as mudanças que a tradição sofreu nos últimos anos, em confronto com o dia-a-dia da cidade. Em agosto e setembro o foco será as festas populares, modas de viola, serestas entre outros. Em outubro, o desfile cívico estará na pauta; em novembro, o lúdico, a partir dos recantos da cidade; enquanto a Consciência Negra terá maior atenção, em novembro, com o tema A cor da cidadania. Em dezembro se desenvolverá o Mosaico da cidade que me encanta.
Abrangendo as várias áreas de atuação, o programa visa, de forma mais específica, à diminuição das desigualdades sociais, ao respeito à diversidade, à facilitação da afirmação da própria identidade cultural, à formação da identidade coletiva e à construção de um futuro coletivo.
"O sentido dessa proposta é tanto tornar a escola mais atraente ao aluno, quanto fazer o aprendizado e o conhecimento mais efetivo. Mais do que incentivar o mero acúmulo do conhecimento por conhecimento, a escola deve desenvolver temas que aproveitem a vivência dos alunos. Precisamos formar cidadãos conhecedores de seus direitos e deveres, ao invés de túmulos de conhecimentos sem aplicações no dia a dia. Este é um esforço diuturno nosso", salienta a professora Aparecida da Graça Carlos, secretária de Educação de Carapicuíba.
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