quarta-feira, 23 de março de 2011

22 de março: Dia Mundial da Água


No Dia Mundial da Água, fotos mostram disparidades no consumo

 O acesso à água potável ainda é um desafio diário para grande parte das populações do mundo.
Compiladas pela BBC para o Dia Mundial da Água, nesta terça-feira, as imagens mostram diferenças entre países onde a água é um bem facilmente acessível e outros onde obter o recurso é uma tarefa arriscada e difícil.
Apesar das inúmeras fontes naturais de água no mundo --rios e lagos, em geleiras e aquíferos, chuva e neve--, a quantidade de água que diferentes países conseguem extrair para fornecer a seus cidadãos varia bastante.
Um estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) identificou países onde a demanda por água excede a oferta natural do recurso. Segundo a organização, essas nações fazem maior pressão sobre as fontes de água doce.
No topo da lista dos que mais utilizam o recurso está a península árabe, onde a demanda por água doce excede em 500% a disponibilidade na região.
Isso significa custos adicionais para que a água seja trazida de fora --por caminhões-pipa ou aquedutos ou por meio da dessalinização.
Países como o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão também estão muito próximos de utilizar 100% de sua oferta de água doce, assim como o Irã, que usa 70% de seus recursos hídricos.
De acordo com os dados da FAO, o norte da África é outra área sob pressão, em que a Líbia e o Egito particularmente são afetados. A região possui somente metade da água doce que os países consomem.

ÁGUA DOCE

Mas a maior pressão sobre as fontes de água doce não está necessariamente nos lugares mais secos, e sim em regiões com o maior percentual da população global.
O sul da Ásia, por exemplo, consome quase 57% de sua água doce, mas abriga quase um terço da população mundial. Situações que alterem a distribuição de água nessa região --causadas por mudanças climáticas, pelo aumento do número de terras irrigadas ou pelo aumento do uso geral de água-- ameaçam a vida de bilhões.
No leste da Ásia o consumo proporcional é menor --os países da região usam em média apenas 20% das suas reservas hídricas. No entanto, um terço da população do mundo vive ali.
O Brasil consome 0,72% da sua água doce renovável ou 331,48 metros cúbicos por habitante a cada ano, segundo a FAO. No entanto, 0,4% são exclusivos para a agricultura.


Mulher caminha em média dois quilômetros, todos os dias, para obter água em vila indiana
Em Kargopol, no nordeste da Rússia, menino de seis anos bombeia água para sua família
Na sede do Partido Comunista do Vietnã, água engarrafada é considerada sinal de prestígio 
Em aldeias e pequenas cidades em Mianmar, população depende da água de lagos e rios
Morador da vila de Basera, no Paquistão, cruza campo; foto foi tirada em 2010, pouco antes da enchente que matou 170 mil pessoas 
Em Cuba, 91% da população têm acesso à água potável, mas seca está causando problemas no fornecimento
Garota de 12 anos recolhe água de uma estação de tratamento, na vila de Comilla, em Bangladesh 
Vendedor de água brasileiro acorda às 6h e leva duas horas para vender água na praia 
O Níger é um dos países mais secos da África subssaariana; mulheres e crianças tiram água de poço 
Em Cingapura, água potável encanada é considerada um luxo     .
Na cidade russa de Losino-Petrovsky, a má-qualidade da água gerou protestos da população 
Homem bebe água no rio Irquis (Equador); mais à frente, ela deixa de ser potável e precisa ser tratada.
No norte da Síria, em Hasaka, água da chuva é coletada em áreas remotas e carregada em burros para as casas. 
Na China, preço da água engarrafada é o equivalente a R$ 0,5 e R$ 1,3
Brasil é o quarto consumidor de água engarrafada do mundo; as opções luxo custam até R$ 14

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